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Tucanos passam PMDB ao vencer em Florianópolis

Tucanos passam PMDB ao vencer em Florianópolis

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PSDB governará 1,5 mi de catarinenses


 


A vitória de Dário Berger (PSDB) catapultou os tucanos à liderança no ranking do número de habitantes governados pelo poder municipal. A partir de janeiro de 2005, o PSDB vai comandar mais de 1,5 milhão de catarinenses através das suas 27 prefeituras. Os peemedebistas, mesmo com um número quatro vezes maior de prefeituras em relação ao PSDB, vão governar 1,4 milhão de pessoas. A disparidade é explicada pelo avanço dos tucanos nas cidades mais populosas: em três dos cinco maiores colégios eleitorais – Joinville, Florianópolis e São José – os tucanos estarão no poder.


No entanto, somente depois das recomposições naturais após as posses será possível avaliar se os resultados de 2004 levarão o partido a lançar candidato próprio nas eleições para governo do Estado. O mesmo ocorre em relação ao desempenho dos aliados do governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB): a sucessão do peemedebista está ligada às definições nacionais devido a verticalização das alianças. Se o PSDB for para um lado e o PMDB para outro (apoiar o PT de Lula, por exemplo), LHS não poderá contar com os tucanos ao seu lado em 2006. O governador inclusive está defendendo flexibilização nas regras da verticalização, a ser realizada através de emenda constitucional.


O resultado em Florianópolis não seria suficiente para modificar o quadro de equilíbrio entre os cinco principais partidos. Mas pendeu a balança para o lado do PSDB, em detrimento do PP, derrotado na Capital. A partir de 2005, o maior colégio eleitoral a ser administrado pelos progressistas será Araranguá, o 17º na lista. O PP será – pelo menos ­ coadjuvante em Blumenau, Lages e Chapecó, no grupo dos dez maiores. Situação semelhante ocorre com o PMDB: a maior cidade a ser administrada será Palhoça, embora os peemedebistas façam parte dos futuros governos de Joinville e de Itajaí. E, provavelmente, em Florianópolis, pois a maioria dos peemedebistas estiveram ao lado de Berger no segundo turno, apesar de terem apoiado Sérgio Grando (PPS) na primeira rodada das eleições.


A pulverização do poder em Santa Catarina fica evidente no cômputo dos votos recebidos pelos partidos no dia 3 de outubro. O PMDB, líder com pouco mais 850 mil votos, recebeu apenas 21% do total de sufrágios válidos. A diferença do número de votos dos peemedebistas para o quinto colocado no ranking de votos por partido, o PP, foi de pouco mais de 300 mil votos. Caso seja levada com conta a votação no segundo turno, os tucanos tomam a quarta colocação do PFL.


Fonte: Matéria publicada no Jornal ANotícia de 01/11/04