A população brasileira está em um processo de envelhecimento nos últimos anos, tendo mais de 32 milhões de idosos. Em Santa Catarina, Estado brasileiro com a maior longevidade, essa população alcança a marca de um milhão de pessoas. Ou seja, é necessário que os governos e a sociedade civil estejam atentos às necessidades desse grupo.
No mês do combate à violência contra a pessoa idosa, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em parceria com a Federação de Consórcios, Associações e Municípios de Santa Catarina (FECAM) lança o programa Capacita ILPI Santa Catarina, voltado às equipes técnicas que atuam nas Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs). A aula inaugural foi realizada nesta segunda-feira (06), na Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc). O objetivo do curso é capacitar as equipes técnicas para o fortalecimento dessas instituições e do cuidado prestado às pessoas idosas.
A deputada federal Carmen Zanotto, autora da emenda parlamentar que viabiliza a capacitação, destaca que a maior parte das ILPIs são mantidas pela sociedade civil e não pelo poder público, que aporta um valor pequeno para a manutenção. “É preciso fortalecer essas instituições para fazer com que as políticas para os idosos vão para frente. A sociedade civil organizada deve ser o motor do impulsionamento, mas precisa receber do Poder Público todo o aparato e o cuidado. A gente ainda precisa avançar muito e falar mais sobre o espaço dos idosos”.
Sisi Blind, diretora executiva da FECAM, afirma que é de fundamental importância trabalhar o tema das ILPIs e todas as questões que envolvem as pessoas idosas em nossa sociedade, destacando a contribuição da instituição nessas questões.
A coordenadora da iniciativa e professora de Enfermagem na UFSC, Maria Fernanda Baeta Neves, explica que o curso tem como objetivo auxiliar os profissionais na tomada de decisão considerando sua autonomia profissional, aliada às normas de biossegurança vigentes e as diversas opções terapêuticas. E ainda afirma que “para envelhecer de forma digna e satisfatória é preciso promover e preservar a saúde de todas as pessoas que residem nas ILPIs”.